quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

À ESPREITA

A Guilherme Simas

As rochas que debruam o mar
recolhem entre si uma garça,
que quara impassível à marola
à espreita do prateado no azul;

repente alastram-se asas
num voo macio –  
peixe que dança
em pinça de bico –
e os caniços de volta
entre as rochas do mar.

Beleza muita,
trivial, o belo;
eu também sou caçador.